Visita à Comunidade Quilombola e Associação Furnas do Dionísio – JARAGUARI/MS

Postado por: Cristiane Kawasoko

No dia 7 de agosto de 2021, os servidores da UFMS Prof. Ieda Maria Bortolotto e Prof. Raquel Pires Campos e as alunas do curso de Ciências Biológicas Sarah Juventina Barbosa da Silva e Bianca de Araújo Ortiz  se reuniram na Comunidade Quilombola Furnas do Dionísio, juntamente com a bolsista Maria Aparecida Silva Martins, o presidente Nilson e a vice-presidente Vera Lucia da associação local na casa da dona Dete e seus familiares.

Foi conversado sobre os trabalhos e a produção de alimentos em Furnas desde os antepassados que ali se localizaram vindos de Minas Gerais e sobre o potencial do uso dos frutos nativos na inclusão de produtos da Comunidade. Dona Dete relatou sobre as dificuldades encontradas no passado, e sobre como a melhora na comercialização dos seus produtos influencia na volta de pessoas para a comunidade:

“Antes, quando a lavoura era perdida não tinha o que fazer. Hoje tudo que se produz é vendido”

Visita na casa da dona Jailda, irmã da Dona Dete para ver as mudas de Guariroba que estão sendo produzidas junto com as crianças e adolescentes da Comunidade, importante atividade de educação ambiental e valorização de fonte de renda do campo.

Árvore de Babaçu da propriedade de Dona Jailda (Foto: Bianca de Araújo Ortiz)

Conversando sobre o livro “Saberes do cerrado & Pantanal: receitas & boas práticas de aproveitamento”, organizado por Geraldo Alves Damasceno Junior e Paulo Robson de Souza. Foram identificadas várias espécies de ocorrência na região, como baru, jatoba, bocaiúva, guariroba, babaçu, jenipapo, mama-cadela, açafrão.

A comunidade tem como sua principal festividade a festa da rapadura, que ocorre anualmente e que se tornou Patrimônio Cultural do Estado de MS. É organizado bancas com produtos feitos pelos moradores da comunidade, incluindo a rapadura e a farinha de mandioca e entre outros derivados da cana de açúcar e da mandioca. Semanalmente  fica à disposição dos visitantes uma banca com hortifrutis na própria sede da Associação na comunidade quilombola.

 

 

 

 

 

Tacho utilizado por Dona Dete para torrar a farinha (Foto: Bianca de Araújo Ortiz)

Texto: Sarah Juventina Barbosa da Silva e Maria Aparecida Silva Martins