Encontro Territorial do Projeto Agroextrativismo Sustentável no Centro de Produção Pesquisa e Capacitação do Cerrado (CEPPEC).

Postado por: Mariana Rezende Fragoso

No dia 11 de novembro de 2021, a equipe do Projeto Agroextrativismo Sustentável: compartilhando saberes e práticas culturais locais, Professora Raquel Pires Campos (FACFAN/UFMS) coordenadora do projeto, juntamente com o pesquisador do Centro de Pesquisa e Capacitação da Agraer – CEPAER Tércio Jacques Fehlauer, a mestranda do Programa de Pós Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste (FAMED/UFMS) Haideline Mertens Kuff, a acadêmica do Curso de Engenharia de Alimentos Juliana Biazon (FACFAN/UFMS), o Professor Marcio Olívio Figueiredo Vargas, Químico, Técnico do laboratório (FACFAN/UFMS), o geógrafo Emilio Paulo, a Professora Sandra Cristina de Souza da UEMS e a Técnica do laboratório de Botânica Flávia Maria Leme (INBIO/UFMS).

Participaram do Encontro Territorial do Agroextrativismo que ocorreu no Centro de Produção Pesquisa e Capacitação do Cerrado (CEPPEC), localizado no Assentamento Andalúcia no município de Nioaque/MS. O encontro foi organizado pela equipe do Projeto Agroextrativismo Sustentável tendo como principal responsável a Bióloga Rosane Bastos da Unicafes e o Altair do CEPPEC.

O evento contou também com a presença dos seguintes representantes: Elvis Rodrigues de Lima da CONAB; Vera Lucia de Oliveira Galze, Francimar Perez Matheus da Silva e Milton Silvestre da Silva da Agraer; Karla Bethânia L. de Nadai da SEMAGRO; Jairo A. Souza presidente da COPRAN juntamente com Marinalva Angélica Leite da COPRAN e da Economia Solidária de Anastácio; Maria Lucia de M. Lima e Maria Aparecida dos Santos do Grupo Baru do Assentamento São Manoel de Anastácio; Maria da Penha Macedo da Cruz, Cleusa de Souza Oliveira e Sônia  Maria Cecília da AMAM do Assentamento Monjolinho de Anastácio; Jaine Pereira Flores e Jorge da Comunidade Quilombola de São Miguel de Maracaju, juntamente com o secretário Rodrigo Olegário Ferreira e o Agrônomo Alexandre Candro Dias;  Rosana Sampaio, Paula Bianca da Silva, Marinalva, Eliane Sanches e Altair de Souza do CEPPEC do Assentamento Andalúcia de Nioaque; Lucilene Gois Cabroda, Alexsandro S. Souza, Edno Ferreira da Silva e Dayane C. da Silva  da Aladeia Brejão.

O Encontro teve como intuito divulgar as ações do projeto, promover o compartilhamento de informações na perspectiva da utilização sustentável dos frutos nativos da região na produção de subprodutos como o fortalecimento do agroextrativismo e da agroecologia no estado de Mato Grosso do Sul.

O evento foi iniciado com uma dinâmica conduzida pela Rosana Claudina da Costa Sampaio (Presidente do CEPPEC) e a Marinalva Angelica (COOPRAN). Sua realização gerou a sensibilização dos participantes quanto ao cuidado com o nosso planeta.

Dinâmica de sensibilização (Foto: Flávia M. Leme)

Dinâmica de sensibilização (Foto: Flávia M. Leme)

Na sequência foi realizada uma roda de conversa com imagens de frutos nativos, onde cada um comentou um pouco sobre sua experiência e conhecimento.

Roda de conversa sobre os frutos nativos (Foto: Haideline M. Kuff e Flávia M. Leme)

Roda de conversa sobre os frutos nativos (Foto: Haideline M. Kuff e Flávia M. Leme)

A tarde foi realizada uma conversa sobre as perspectivas e desafios com o término do projeto e a continuidade das atividades nas comunidades extrativistas da região. Altair comentou dos projetos que desenvolve incentivando o extrativismo em outras comunidades do estado e citou a importância de projetos como esse do Agroextrativismo para trazer mais conhecimento técnico para os grupos, bem como propor um novo modelo de fortalecimento das cadeias produtivas como a participação da área da economia para a organização de um plano de negócios, de agrônomos e de um corpo jurídico para assessorar os produtores.

Rosana Claudina chama a atenção para a situação do Cerrado: desmatamento, arrendamento de terra, uma forte ameaça que está ocorrendo nas comunidades, nos assentamentos. É necessário que as autoridades que fazem as leis e as executam,  olhem para toda a problemática que ameaça a Agricultura Familiar em regiões de matas nativas.

Profª Sandra da UEMS, campus de Jardim, falou sobre o projeto Geopark: Bodoquena Pantanal e a possibilidade de linhas de investimento da Unesco para o desenvolvimento tanto da geodiversidade como da sociobiodiversidade, aproveitando a temática do agroextrativismo sustentável.  Na discussão foi comentada a proposta de elaboração de um Selo participativo validando a origem e identidade dos produtos, livre de agrotóxico, sustentável, do extrativismo, sendo um projeto conjunto para fomentar a possibilidade de um Selo Sabores Geopark MS. Para Rosana Claudina, é necessária a  criação de um selo de identidade geográfica para validar e certificar produtos da sociobiodiversidade, mas que realmente trouxesse a essência dos extrativistas que trabalham  dentro do Estado.

Diálogo sobre as perspectivas e desafios com o término do projeto (Foto: Haideline M. Kuff).

Entre os diálogos e rodas de conversas, foi servido um excelente café da manhã com pão de jatobá, biscoito de bocaiuva e frutas. Para o almoço um delicioso arroz com pequi e suco de araticum e manga. Houve também um momento para exposição e venda de produtos do agroextrativismo das comunidades participantes.

Mesa final com produtos à base de frutos do agroextrativismo (Foto: Flávia M. Leme).

Agradecemos a participação de todos pelo apoio às ações do projeto, quer seja na organização, nas sugestões, nas parcerias e na divulgação online do Projeto Agroextrativismo Sustentável, assim como o importante apoio de Emenda Parlamentar do Deputado Federal Vander Loubet, via UFMS e da FAPEC, uma fundação sem fins lucrativos de apoio à pesquisa, ao ensino e à cultura.

Texto: Flávia M. Leme, Haideline Mertens Kuff e Raquel Pires Campos