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Dia 05 de maio, com todos os cuidados de biossegurança preconizados pela UFMS incluindo poucas pessoas e locais abertos, a Aldeia Imbirussu na Terra Indígena de Taunay em Aquidauana e o Núcleo Ser Vir a Vida em Miranda receberam apoio do projeto Agroextrativismo Sustentável.

Durante a visita técnica, Profa Raquel Campos e Rosane Bastos entregaram o livro Sabores do Cerrado e Pantanal, reimpresso com apoio da emenda parlamentar do Deputado Federal Vander Loubet, destinando R$ 20.250,00 para essa finalidade. A obra apresenta diversas iguarias, receitas, frutos e plantas, além de informações de diferentes espécies do Cerrado e Pantanal, com valor nutricional e finaliza com as recomendações de Boas Práticas de Fabricação. 

Além disso, foram entregues volumes de 1 a 7 da Coleção Saberes do Projeto Valorização de Plantas Alimentícias do Cerrado e do Pantanal, sendo que os volumes 6 e 7 tratam, respectivamente, sobre elaboração de farinhas  de frutos nativos e elaboração de doces cristalizados e geleias e foram impressos com verba de E. P. do Vander Loubet, projeto finalizado em 2020, com 300 unidades de cada volume.

A Associação de Mulheres da Aldeia Imbirussu tem uma panificadora que emprega farinha de trigo em suas preparações. Discutiu-se a possibilidade do uso, inicialmente em pequenas quantidades, de farinhas de frutos nativos em substituição à farinha de trigo. As mulheres receberam  um kit de ferramentas para auxiliar na própria horta da associação, sendo incentivadas para produção de mudas de fruteiras nativas e produção de plantas alimentícias não convencionais para diversificar a produção de produtos sustentáveis.

Entrega do livro Sabores do Cerrado para a Associação de Mulheres Indígenas da Aldeia Imbirussu (Foto: Raquel Pires Campos)

Panificadora da Associação de Mulheres Indígenas da Aldeia Imbirussu (Foto: Raquel Pires Campos)

Em Miranda, assim como na aldeia Imbirussu, foi entregue um equipamento que auxilia na coleta de frutos nativos. Algumas amostras de produtos (farinhas de jatobá e de bocaiuva, e capuccino de jatobá) estão sendo levadas para serem oferecidas a um grupo que comercializa produtos alternativos na cidade de São Paulo. 

Entrega de equipamento que auxiliar na coleta de frutos no Núcleo Servir a Vida em Miranda (Foto: Raquel Pires Campos)

Núcleo Servir a Vida em Miranda (Foto: Raquel Pires Campos)

Além disso, o projeto prevê contribuir com 10 comunidades na produção de mudas nativas e coletas de frutos nativos.  Alguns ingredientes, como amido de milho, farinha de trigo e açúcar cristal estão sendo entregues para estimular formulações que empregam frutos nativos, embora as oficinas não estejam sendo realizadas até o momento devido a Pandemia da Covid-19. Algumas vídeo oficinas elaboradas por acadêmicos da UFMS estão sendo disponibilizadas no canal do agroextrativismo sustentável/ UFMS.

Em virtude da pandemia, as ações ainda estão sendo pontuais e, principalmente, visando incentivar o agroextrativismo nessas comunidades, repassando alguns materiais e compartilhando informações com as comunidades.

O projeto de extensão Agroextrativismo Sustentável agradece as comunidades parceiras e as instituições: UFMS, AGRAER, UNICAFES e FIOCRUZ pelo apoio ao desenvolvimento das ações; e a emenda parlamentar do Deputado Federal Vander Loubet e a execução financeira da FAPEC (Fundação de de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura).